
Vai-se longe o tempo
em que eu era companheiro da madrugada
e ela minha amante predileta.
Dista-se o tempo
em que eu - noites enluaradas –
perdia-me nos rabiscos
(que eu mesmo tecia às paredes frias e caladas)
de velhas canções de amor.
Vai-se longe o tempo
em que o amor era companheiro inegociável
e a esperança sua irmã gêmea.
Hoje sou apenas rabiscos do que fui
poeta de outrora em debandada
rio que se recusa deitar-se ao mar
carinho latente que não flui
incerta lágrima desditada
esbelta lástima ao luar...
Contudo, como se não me bastasse,
nunca vi uma (verdadeira) poesia
que não me abalasse ou me deixasse
os olhos úmidos... de alegria!
07.fev.2012
Que dizer? Nada... Estou sentindo a poesia e isso me basta ao ponto de me fazer voltar. Aguardo atualizações no Blog. Um abraço, poeta!
ResponderExcluir