
Pérfida ilusão dos desalmados,
companheira de devassidões inúteis.
Tens o chão por um dragão cavalgado,
és o lugar de ilusões fúteis.
Oh, satélite único deste planeta
és o mais lindo dos astros:
estrelas, galáxias, cometas
quero beleza quando sigo teus rastros.
De tua imensidão brancodourado
reluz o alento dos amantes:
da lascívia volátil dos apressados
ao amor paciente dos iniciantes.
Companheira das noites solitárias
fazes falta quando não apareces.
Para as epígrafes dos poetas és solidária,
destino último de todas as preces.
Repouso de todos os viajantes,
calvário dos que não a enxergam.
Poço negro, alvo, dourado, rutilante
lágrimas dos olhos que as faces cegam.
21.jan.2010
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