Até uma gota d'água consegue se diferenciar das outras em meio a uma imensidão sem fim de gotas iguais...Mas por que nós, seres humanos, instituídos por uma razão e uma pretensa capacidade de pensar, insistimos tanto em sermos iguais uns aos outros?

Vivo a diferença a cada suspiro meu, a cada gota de suor, a cada raio de sol, a cada novo luar, a cada sinapse neurótica de meu cérebro, a cada instante, a cada momento, a cada sempre...

Viva a diferença, não ao estereótipo!



"Ser poeta não é ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho."

Fernando Pessoa

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sou quem me digo ser?


A arbitrária força do constituir-se
o poder de escolha: ledo engano.
Simulacro produzido, ano a ano
ah, se enquanto sujeito eu existisse.

O que me perpassa me produz
Sou atravessado por uma série de discursos
De-sejos, des-gostos, dis-farces: tudo me conduz
Minúcia do que sou: meu grande insulto.

Quem me digo ser, não sou quem sou
amálgama de constructos que me produzem
ente sujo, se subjetividade produzida

Devaneio, ilusão, sonho... amor
os agenciamentos maquínicos me conduzem
peguei emprestado minha própria vida!

29.nov.2011

O Mim sem o Ti


Ao cabo,
acabo,
ao fim,
comigo –
sem migo
sem ti...

19.maio.2011